Friday, September 25, 2009

Versões, traduções e etc.

Não é bem por aí. Eu não compro o que é mais barato. Existem vários motivos para comprar um determinado livro em um determinado idioma, e eu levo sim em consideração qual o idioma original.

Mas tem a questão da qualidade da tradução também. Por motivos óbvios relacionados à situação do mercado editorial em diferentes países, livros traduzidos para o inglês ou francês tendem a receber um tratamento melhor que os traduzidos para o português aqui no Brasil. Basta olhar para os prazos em que as coisas são feitas para ter uma idéia. A sensação literária na França de 2006, Les Bienveillantes, saiu aqui no Brasil bem um ano antes da versão traduzida para o inglês. E não foi por questões de direitos autorais, que tudo isso foi resolvido rapidamente depois que o livro ganhou todos os prêmios literários importantes na França. E aí em qual tradução você confia mais: em uma que foi feita às pressas, para aproveitar o momento e vender logo, ou em outra que foi feita cuidadosamente ao longo de mais de um ano?

Coisa parecida aconteceu com Orhan Pamuk, um autor que eu não tenho muita expectativa de conseguir ler no original. Em um dado momento só havia dois livros dele publicados aqui, um deles sendo Meu Nome é Vermelho. De repente, depois que ele ganhou o Nobel de Literatura, choveram livros de Orhan Pamuk traduzidos aqui. Não me peçam para confiar nessas traduções de última hora, porque não dá. Meus livros de Pamuk são em inglês mesmo.

(Sem falar que os paperback em inglês são mais baratos, e pelo preço de um livro brasileiro dá para comprar o mesmo em capa dura, em inglês. )

Wednesday, September 23, 2009

o maravilhoso mundo novo dos livros no idioma original

De F. Scott Fitzgerald eu só li O Grande Gatsby, até agora. Quer dizer, comecei a ler The Diamond as Big as the Hitz, uma coletânea de contos, mas parei. Era emprestado de uma biblioteca, acabei não tendo tempo de terminar no prazo e achei melhor devolver. Achei genial, contudo. Diferente de Gatsby, não melhor ou pior, diferente apenas, mas tão bom quanto.

A questão é a seguinte: eu tive por muito tempo uma resistência grande a ler livros em inglês. Achava que nunca apreenderia as idéias e imagens tão bem quanto em português e seguia me recusando. Eu não mudei de idéia exatamente. Mas calhou que eu lesse algumas pequenas coisas em inglês – de autores ingleses ou americanos, é fundamental frisar – pra que eu começasse a achar que estava na hora de me arriscar.

Arrisquei-me pois com êxito por Fitzgerald e por Nick Hornby, do qual não falarei nesse post ainda. Li então o pedaço do citado The Diamond as Big as the Hitz e gostei muito. Dos contos e de Fitzgerald em sua língua nativa. Tanto que ando pensando em reler Gatsby no original. E olhem que eu levo aquela estória da figurinha-repetida-que-não-preenche-álbum à sério quando o assunto é livro. Eu sei, é duma idiotice sem tamanho, mas sempre penso que com tantos livros esperando pra serem lidos por aí pelo mundo, acho que vocês conseguem me entender.

Continuo desconfiada com a coisa de ler qualquer coisa em qualquer língua. Tautologico faz isso o tempo todo. Se um livro é mais barato em francês, é em francês que ele compra. Não importa se foi escrito originalmente em cantonês. Eu sei que ele faz isso com método e critério – como ele faz tudo – e eu me orgulho da capacidade dele de entender tantas línguas (daqui a pouco ele começa a ler em japonês, mas deixa eu parar com essa rasgação de seda porque não é elegante), mas eu tenho certeza de que comigo não dá pra ser assim. Ler autores nativos de língua inglesa em inglês tudo bem. Fazer o mesmo com os franceses, também, quando meu francês chegar lá. Um dia eu faço o mesmo com os russos, quem sabe, Dosta que me aguarde. Mas tudo e qualquer coisa em inglês (porque é só em inglês que eu consigo), não mesmo.

Fiel a esse princípio, já iniciei uma paquera com uma edição de The Great Gatsby que eu vi essa semana na Cultura. E da qual né, eu já tenho um volume – Pride and Prejudice, pois Jane Austen é outra que eu incluí na lista vamos-ler-no-original – graças ao namoradotrocínio de Tautologico, essa pessoa que só me acostuma mal. Não que eu esteja reclamando, óbvio.

Vamos ver no que dá, o novo projeto.

Sunday, September 20, 2009

deixa eu fazer inveja agora tá?

Beirut é muito mais legal mesmo ao vivo.



;p



e Zach Condon nem é tão chato quanto eu imaginei que ele seria.



e eu quase chorei quando ele tocou Elephant Gun.



que é né, séria candidata a melhor música de todos os tempos.



;)



amo muito hein, tudo isso, digo logo.

ps _ esse vídeo aqui é mais legal ;p