Eu tinha a intenção de escrever um post sobre o Battles já faz um tempo, aí acabei incluindo o vídeo do post abaixo como lembrança da idéia. A demora acontece porque, cada vez mais, me dá preguiça de escrever posts longos. Ao mesmo tempo, sempre que eu penso em um assunto me vêm à mente vários outras coisas relacionadas, criando uma tendência a posts grandes, o que gera um paradoxo cerebral que ameaça os fundamentos da persona blogueira, ou algo assim.
Então aqui vai basicamente o resumo do que seria algo como uma resenha -- na verdade, mais um conjunto de impressões -- do primeiro álbum, Mirrored. A idéia principal era falar sobre música experimental, extendendo um pouco para arte experimental em geral.
Música experimental é uma empreitada arriscada, pela sua própria natureza. A idéia em si me parece extremamente válida: criar música fugindo um pouco mais das fórmulas pré-estabelecidas, já tão cansadas na nossa pós-modernidade contemporânea; algo novo, algo que não tenha sido ouvido antes. Quando não funciona, vira uma massa de ruídos estranhos e sons esquisitinhos que algumas pessoas se convencem a gostar (ou fingem) porque é cult. Mas, mesmo quando funciona, a música experimental normalmente pode ser interessante, cerebral, "viajante", intrigante até, mas quase nunca é legal ou divertida. E o Battles consegue fazer música diferente e interessante, com gosto de coisa nova, e ao mesmo tempo divertida, até dançante em alguns momentos. Claro que ser divertido não é o único objetivo válido, mas é preciso convir que essa combinação é rara.
Não só isso: as próprias músicas do álbum são bem diferentes entre si. Tem algumas características constantes, claro: a bateria de John Stanier, ex-Helmet, e os vocais sempre com efeitos. Mas de uma faixa para outra muda o suficiente para um ouvinte casual se perguntar se ainda é a mesma banda. E, ainda assim, é um ótimo álbum: das 12 músicas só umas 2 que eu não gosto tanto e pulo quando estou escutando.
Resumindo o resumo: recomendo. E importante não se deixar espantar pelo rótulo "experimental". Porque, como o Battles parece demonstrar, experimental também pode ser divertido.
Então aqui vai basicamente o resumo do que seria algo como uma resenha -- na verdade, mais um conjunto de impressões -- do primeiro álbum, Mirrored. A idéia principal era falar sobre música experimental, extendendo um pouco para arte experimental em geral.
Música experimental é uma empreitada arriscada, pela sua própria natureza. A idéia em si me parece extremamente válida: criar música fugindo um pouco mais das fórmulas pré-estabelecidas, já tão cansadas na nossa pós-modernidade contemporânea; algo novo, algo que não tenha sido ouvido antes. Quando não funciona, vira uma massa de ruídos estranhos e sons esquisitinhos que algumas pessoas se convencem a gostar (ou fingem) porque é cult. Mas, mesmo quando funciona, a música experimental normalmente pode ser interessante, cerebral, "viajante", intrigante até, mas quase nunca é legal ou divertida. E o Battles consegue fazer música diferente e interessante, com gosto de coisa nova, e ao mesmo tempo divertida, até dançante em alguns momentos. Claro que ser divertido não é o único objetivo válido, mas é preciso convir que essa combinação é rara.
Não só isso: as próprias músicas do álbum são bem diferentes entre si. Tem algumas características constantes, claro: a bateria de John Stanier, ex-Helmet, e os vocais sempre com efeitos. Mas de uma faixa para outra muda o suficiente para um ouvinte casual se perguntar se ainda é a mesma banda. E, ainda assim, é um ótimo álbum: das 12 músicas só umas 2 que eu não gosto tanto e pulo quando estou escutando.
Resumindo o resumo: recomendo. E importante não se deixar espantar pelo rótulo "experimental". Porque, como o Battles parece demonstrar, experimental também pode ser divertido.
5 comments:
"Experimental" é coisa de quem gosta de brincar com música, como diria Hermeto, que, segundo ele, tira música de qualquer objeto.
Deve ser algo sempre divertido para quem faz.
vc praticamente pede desculpas pelo texto. vc ouve muita coisa, entende do assunto e escreve bem. entao deixe de frescura.
*a nao ser q a metalinguagem seja intencional..
bem, eu gosto de música "experimental", mesmo que isso às vezes pareça cult demais.
só que assim, comentar um disco que você não ouviu é complexo, por isso, tautologico, querendo emprestar, eu tô aceitando.
mas eu não acho que ele esteja pedindo desculpas pelo texto não.
Então, como eu já disse no outro comentário do outro post, estarei gravando o cd em breve, para que vc possa estar escutando as músicas e assim poderá estar opinando sobre se a música, apesar de experimental, está sendo realmente divertida ou não.
E eu tb não acho que tenha pedido tantas desculpas pelo texto. O começo foi pq realmente eu pensei em escrever algo sobre o álbum há tempo. Como falcão disse uma vez, o post é o resumo de uma resenha que nunca existiu.
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