Sunday, August 7, 2011

os caminhos literários que a pessoa percorre não têm nenhuma lógica identificável

Foi assim que aconteceu.

Eu sempre assinei a Bravo!

Bem, não assinei, por um tempo, mas foi só um pequeno lapso.

Enfim, além de sempre ter lido e assinado, eu sempre confiei quase cegamente na Bravo!

(Nessa hora, você pode pensar: "Que pessoa mais metida! Leitora, assinante e adoradora da Bravo!". Tudo bem por mim se você pensar isso. Ano passado eu tive uma conversa decisiva com minhas duas amigas mais antigas - que eu conheci aos 2 anos de idade - e elas me disseram que eu sempre fui metida. Desde os 2 anos de idade. E aí eu comecei a aceitar o fato. Olá, meu nome é Gio e eu sou uma Metida.)

Bem, voltando.

Um dia, muitos anos atrás, a Bravo! fez uma capa com as novas promessas da literatura brasileira. Foi assim que eu conheci Clarah Averbuck e passei a ler o blog dela e virei fã e contaminei alguns amigos.

Algum tempo depois eu acabei comprando o primeiro livro dela, Máquina de Pinball. Gostei, me pareceu intenso e verdadeiro, embora eu gostasse mais dos textos do blog. Depois, comprei o segundo livro, Vida de Gato, e já não gostei tanto assim. Achei meio repetitivo e monótono.

Mesmo assim, continuei de certa maneira admirando a escrita de Averbuck, e a persona que ela criou pra si mesma.

O que me intrigava eram os ídolos dela, seus mestres, aqueles que sempre lhe inspiraram admiração e inspiração.

Charles Bukowski
e John Fante.

Eu nunca tinha lido nenhum dos dois. Nem conhecia quem tivesse. Quando pensei em comprar um Bukowski, alguém eu cujo julgamento eu costumava confiar me disse na época: "Não vale a pena, não faz seu estilo, você não vai gostar".

Mas eu não sou exatamente o tipo de pessoa que abandona uma obsessão literária assim e pronto. Eu não consigo deixar uma coisa quieta até que eu descubra tudo o que há para descobrir sobre a coisa tal. Eu tenho um faniquito, como diz minha mãe; ou Eu sou hiperativa, como diz tautologico.

Modos que, acabei comprando Pergunte ao Pó, de John Fante.

E não, não gostei. Não só porque não faz meu estilo, mas porque hoje em dia eu tenho pouca paciência para com escritores malditos, esfomeados e marginalizados pela sociedade capitalista que não reconhece seu valor.

Eu ainda não li Bukowski, mas agora estou certa de que odiarei.

De qualquer maneira lerei. Só porque eu tenho que, sabe como é.

Uma coisa é certa: agora eu entendo de onde Clara Averbuck saiu. E isso é muito bacana pra mim.

9 comments:

tautologico said...

Talvez você ache Bukowski melhor que os outros dois. O problema não é exatamente ser poser, como Averbuck, mas ser poser e se levar a sério demais ao mesmo tempo.

Bruno R said...

Eu concordo com Andrei. VOCE TEM QUE LER BUKOWSKI. Se tu quiser eu te empresto Misto quente, que é surpreendentemente lírico, alem de tudo.

E eu confiava cegamente na Piauí até ler uma materia em que o reporter disse que a praça da Paz ficava na periferia de JP. Comassim? Mandei email reclamando e eles publicaram e aproveitaram pra tirar onda.

Bruno R said...

Ah, eu li "1933 foi um ano ruim" de Fante, né, te falei, e nao gostei. Não tem nada de Bukowski. É como botar Garrincha e Jacozinho lado a lado.

gio said...

Averbuck se leva a sério demais? acho que sim, né. não sei.

Bruno, se tu tá dizendo, EU LEIO! =D

engraçado que eu tenho preconceito justo com Misto Quente. será que é por ser da L&PM Pocket? acho que contribui.

eu nem confio mais cegamente na Bravo!, ó. passou. envelheci, acho. mas continuo levando muito em conta o que eu leio lá. já Isabela Boscov, despencou geral no meu conceito. porque, sim, eu gostava - muito - dela. Mainardizou-se como tantos outros críticos, resenhistas e colunistas da Veja né, como diz Andrei. mas eu ainda leu, não vou mentir.

então todo mundo concorda comigo que Fante não tem nada de mais? que bom.

Bruno R said...

ué, mas q eu saiba tudo q tem de bukowski no brasil é da lpm (mas nem tudo em pocket)

Lygia said...

então. muitos pontos. mesmo que desse povo todinho eu só tenha lido um.
1. 7 de agosto ??
2. mais metida que adoradora da bravo seria ser adoradora da cult. =P
3. ser poser e metido e se levar a sério demais, mesmo sendo essas coisas todinhas em um blog ou em 50/60, vá lá. em um livro de hoje, nhé, me dá preguiça. sim, fora do contexto bloguístico, tenho preguiça de começar clarah, mas deve ser preconceito e eu deveria ter mais "faniquito" e não falar sem lê-la. shame on me. =\
4. sim, gio, fante é uó mesmo, pelo menos nesse mais famoso. mesmo que ele tenha contexto e, portanto, justificativa. uó. e o henry miller de sexus tb, apesar das safadezas.
5. give pockets a chance.

=***

gio said...

então, pessoas, i give pockets a chance, direto, juro.

7 de agosto é a data do início da gestação do texto, lyly =]

lerei misto quente, agora que ele tá aqui =D

Anonymous said...

dois anos depois, um post.
gio, tu sempre foi metida. mas nós te adoramos assim mesmo. :)

(brincadeira)

tonton

gio said...

hahahahahahaha =p

agora que eu vi, tonton.

o pior é que eu sei disso.

que bom que vocês me adoram mesmo assim =D